Ocupação do Acre por seringueiros brasileiros

 

A busca pela borracha gerou novos conflitos fronteiriços, pois levas de retirantes nordestinos brasileiros, fugindo da seca, se instalaram ao longo dos rios Purus e Acre, ocasionando o povoamento da região e construção de benfeitorias.

Em 1895 foi nomeada uma comissão demarcatória encarregada de definir os limites entre Brasil e Bolívia, de acordo com o estabelecido no Tratado de Ayacucho, de 1867.

No ano de 1898 ocorreu a confirmação, pela Comissão Demarcadora de Limites, de que a região do Aquiri ou Acre, ocupada por seringueiros brasileiros, pertenciam à Bolívia.

Na tentativa de resgatar sua soberania, o governo boliviano instala um posto alfandegário na região, o que desencadeou uma série de conflitos entre o governo boliviano e os seringueiros brasileiros. O governo brasileiro reconheceu o direito de posse da Bolívia.

Porém, com o apoio dos governos dos estados do Pará e Amazonas e financiado por seringalistas brasileiros, o gaúcho Plácido de Castro lidera uma rebelião em agosto de 1902, que ficou conhecida como Revolta do Acre. Como entre o Brasil e a Bolívia já imperava o Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição, tornou-se mais fácil realizar um acordo entre os dois países.

 

 

Tratado de Petrópolis

 

No dia 17 de novembro de 1903 o Brasil e a Bolívia assinam o Tratado de Petrópolis. Por esse tratado, a área do atual Estado do Acre, que pertencia à Bolívia, foi anexada ao território brasileiro mediante o pagamento de dois milhões de libras esterlinas e a construção de uma ferrovia margeando os rios Madeira e Mamoré, no trecho encachoeirado, enquanto a área entre os rios Madeira, Abunã e a linha geodésica Cunha Gomes, que pertencia ao Brasil, foi anexada ao território boliviano.